O SIMPE-RS se solidariza com os colegas do Ministério Público do Sergipe, que estão passando por situações de assédio moral, com aumento de sindicâncias e procedimentos administrativos. O Sindicato dos Trabalhadores Efetivos do Ministério Público de Sergipe (SINDSEMP-SE) divulgou uma nota sobre o caso, denunciando que a administração do MPSE vem adotando uma prática punitivista prévia, relotando de ofício servidores para municípios longe de sua moradia, mesmo antes de julgado o procedimento.
Conforme a denúncia do SINDSEMP-SE, os casos vêm ocorrendo há meses e contam com a anuência da administração do órgão. Além disso, como informa o sindicato local, na maioria dos casos, ocorre a absolvição, demonstrando a injustiça dessas práticas: “Essas atitudes, em clara demonstração de assédio moral por parte dessas chefias e com consentimento da gestão, são absurdamente injustificadas e, mesmo após absolvição, não há retratação e nem recondução do Servidor à cidade de origem”, expõe a entidade.
O assédio moral consiste em uma série de humilhações, perseguições e agressões simultâneas, com o propósito de desestabilizar a vítima emocionalmente, e podendo, inclusive, colocar em risco a sua vida. Os efeitos psicológicos de situações como a que está sendo denunciada precisam entrar em debate. Em 2018, o SIMPE-RS realizou uma pesquisa sobre “Fatores Psicossociais no Trabalho e Saúde em trabalhadores do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul”, que constatou que 51,3% dos entrevistados observou ou testemunhou alguma situação de assédio moral, contra si ou colegas.
O uso de recursos administrativos como forma de pressão e assédio moral sobre os servidores, infelizmente, não é uma novidade, nem uma exclusividade do MPSE, e precisa ser amplamente divulgado e combatido. O SIMPE-RS repudia quaisquer práticas de assédio moral, seja no MPSE, no MPRS, ou em quaisquer outras unidades do Ministério Público e instituições. Nossa solidariedade aos colegas e companheiros do Sergipe. A luta contra o assédio moral é de todos nós!