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Em coletiva de imprensa, Frente de Servidores Públicos do RS destaca caráter destrutivo da Reforma Administrativa

Em coletiva de imprensa, Frente de Servidores Públicos do RS destaca caráter destrutivo da Reforma Administrativa
Nesta quarta-feira (28), Dia do Servidor, a Frente de Servidores Públicos (FSP/RS), coletivo do qual o SIMPE-RS faz parte e que reúne mais de 20 entidades representativas das três esferas do funcionalismo gaúcho, concederam entrevista coletiva à imprensa local. Lideranças das entidades estiveram pela manhã no auditório do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do RS (Semapi) para denunciar o caráter destrutivo da reforma administrativa e que pretende acabar com os serviços públicos prestados à população. Às 14h, a Frente realiza um ato em frente à Prefeitura de Porto Alegre.

O presidente do SIMPE-RS, Jodar Pedroso Prates chamou a atenção para a ampliação que essa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, que trata da Reforma, faz em relação aos poderes do presidente da República: “Essa proposta dá poderes para ele acabar com instituições, extinguir fundações, criar e extinguir novos cargos. É um poder expressivamente maior para o presidente da República e, nos tempos que vivemos hoje, com esse presidente que temos, isso é um perigo terrível para a sociedade”, alerta. Ele também destacou que o movimento contra a medida está ocorrendo em todo o Brasil nesta quarta-feira.

O coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (Sindjus-RS), Fabiano Zalazar, reforçou o argumento da Frente de que não se trata de uma reforma, mas do fim dos serviços públicos: “A pandemia demonstrou a necessidade de fortalecer os serviços públicos em todas as áreas, mas a reforma Representa um capítulo inteiro da Constituição Federal de 1988 que vai ser mutilado”.

A integrante da coordenação do Sindicato dos Técnicos-Administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assufrgs), Mariane Souza de Quadros destacou que os defensores da “reforma administrativa” passarão à sociedade a ideia de que o projeto visa “combater privilégios”, algo que, disse, não é verdade. Por isso, fez o alerta: “A reforma vai desobrigar o Estado a oferecer serviços públicos essenciais de qualidade. E a gente sabe que quando o serviço público vai para a iniciativa privada, perde em qualidade e pode ser cobrado. Isso é muito grave”, explicou.

Das 20 entidades que compõem a Frente, estiveram na coletiva estavam presentes e conversaram com a imprensa representantes do CPERS, SINTRAJUFE, SINTERGS, AFOCEFE, CUT e SEMAPI.