A Eleição Paralela para PGJ já foi pauta da coluna da jornalista Rosane de Oliveira no jornal Zero Hora em duas oportunidades nesta semana. Na segunda-feira, a colunista destacou o resultado da votação entre os servidores, que teve Márcio Schlee como o mais votado e o envio de ofício ao governador Eduardo Leite pedindo que considere o resultado da eleição promovida pelo SIMPE-RS na sua escolha.
No entanto, na versão impressa de ZH, a coluna trouxe uma informação equivocada, de que a Eleição Paralela não costumava ser considerada pelos governadores e que a movimentação do sindicato poderia prejudicar o candidato mais votado pelos servidores, que ficou em segundo lugar entre os membros, por uma diferença de cinco votos para o primeiro colocado, Marcelo Dornelles.
O SIMPE-RS entrou em contato com a coluna para levar dados de eleições anteriores e o posicionamento do próprio governador Eduardo Leite que, em 2019, afirmou em entrevista à Rosane de Oliveira que iria considerar o resultado da Eleição Paralela em sua escolha. No final do dia de ontem, terça-feira (20), uma nova matéria foi publicada pela jornalista, que destacou o posicionamento levado pelo sindicato.
Confira abaixo a íntegra das publicações na coluna:
Servidores querem Schlee
Associações que representam servidores do Ministério Público enviaram ofício ao governador Eduardo Leite pedindo que ele leve em conta a "eleição paralela" promovida pelo sindicato da categoria para o cargo de procurador-geral de Justiça.
Isso significaria escolher o promotor Márcio Schlee Gomes, que ficou em segundo lugar na lista tríplice em que votaram os promotores e procuradores, com 319 votos. O mais votado foi Marcelo Dornelles, que recebeu 324.
Na votação promovida pelo sindicato dos servidores, que não tem validade legal, Schlee foi o mais votado e Dornelles ficou em último lugar.
Leite só definirá novo chefe do Ministério Público no início da próxima semana
Governador decidiu assistir ao vídeo com o debate entre os candidatos para fazer a escolha
O suspense em relação a quem vai comandar o Ministério Público nos próximos dois anos vai durar pelo menos mais quatro ou cinco dias. Como o resultado da eleição interna foi apertado, o governador Eduardo Leite decidiu deixar para o início da próxima semana a escolha do novo procurador-geral de Justiça. O mais votado, Marcelo Dornelles, fez 324 votos. Márcio Schlee teve 319 votos e Sérgio Harris, 309.
Em 2019, quando escolheu o atual procurador, Fabiano Dallazen, Leite também assistiu ao vídeo do debate entre os candidatos antes de tomar a decisão. O pen drive com o vídeo do evento foi entregue na segunda-feira, por Dallazen, anexo ao documento com a lista tríplice.
O Sindicato dos Servidores do Ministério Público, que encaminhou pedido ao governador para que considere a votação paralela feita entre servidores, em que Márcio Schlee foi o mais votado, reafirmou ontem a importância da eleição organizada pelo sindicato.
Os dirigentes discordam da avaliação da coluna de que os governadores não costumam levar em conta o resultado da votação paralela e que o alinhamento poderia acabar atrapalhando o candidato preferido pela corporação.
Em nota, o sindicato sustenta que o resultado do pleito entre os servidores foi seguido pelos governadores em três oportunidades: 2011, 2015 e 2017. Em dois dos três casos, houve coincidência entre o escolhido pelos funcionários e o mais votado entre promotores e procuradores.
Em 2011, o então governador Tarso Genro escolheu Eduardo de Lima Veiga, segundo mais votado entre os promotores e procuradores. Em 2015, José Ivo Sartori optou por Marcelo Dornelles, o mesmo que agora disputa a indicação e é rejeitado pelo sindicato, e que também foi o mais votado entre os membros do Ministério Público. Em 2017, Sartori referendou a indicação da classe, Fabiano Dallazen, que, por coincidência, também era o preferido dos servidores.
Com informações: GaúchaZH.