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SIMPE-RS participa de manifestação por reajuste salarial e melhorias no IPE Saúde

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O SIMPE-RS esteve presente, nesta sexta-feira (16), na manifestação unificada dos servidores públicos estaduais realizada em Porto Alegre, reforçando a luta pela reposição salarial de 12,14% e pela melhoria urgente no atendimento do IPE Saúde. A mobilização, organizada pela Frente dos Servidores Públicos do RS (FSP/RS), reuniu cerca de 2 mil pessoas e demonstrou a indignação das categorias com o desmonte dos serviços públicos e a desvalorização do funcionalismo.

O ato teve início às 9h, em frente à sede do IPE Saúde, no bairro Praia de Belas. De lá, os servidores seguiram em caminhada até o Palácio Piratini, sede do governo estadual, para cobrar do governador Eduardo Leite (PSDB) uma resposta concreta às reivindicações das categorias.

WhatsApp Image 2025 05 16 at 13.05.23Os dirigentes do SIMPE-RS Alberto Ledur, Glayco Almeida e Paulo Krug participaram da mobilização. Ledur fez uma fala contundente em defesa da revisão geral anual: “é um absurdo que não se recomponha a inflação”, classificou o dirigente, apontando para as perdas acumuladas pelo funcionalismo estadual.

Luta por reposição salarial

A principal pauta do protesto foi a exigência de reposição salarial de 12,14%, referente a parte das perdas acumuladas ao longo dos últimos anos. Segundo estudo do DIEESE, a defasagem nos salários dos servidores estaduais entre 2014 e 2024 já atinge 77,13%, enquanto o único reajuste concedido neste período foi de 6%, em 2022. Para recuperar o poder de compra, o reajuste necessário seria de 67,13%.

Além disso, dados do próprio DIEESE mostram que o Estado possui espaço orçamentário para atender à demanda, uma vez que os gastos com pessoal ainda estão abaixo dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). No último quadrimestre de 2024, o comprometimento da Receita Corrente Líquida com pessoal foi de 43,69%, bem abaixo do teto de 49%.

Defesa do IPE Saúde

Outro ponto central da manifestação foi a grave situação do IPE Saúde. Os servidores denunciaram o desmonte da instituição, que enfrenta descredenciamentos, atrasos nos atendimentos e cobranças indevidas. Hospitais importantes, como o Ernesto Dornelles e a Santa Casa, ameaçam suspender os atendimentos.

A situação dos aposentados também foi lembrada, eles continuam pagando os mesmos valores pelo plano, sem qualquer diferenciação, o que é considerado injusto, já que há perdas nos vencimentos desse grupo. Também houve denúncias sobre a falta de médicos no interior do estado e cobranças irregulares por parte de profissionais conveniados.

Os servidores exigem que o governo estadual assuma sua responsabilidade na crise e faça os repasses necessários para garantir a continuidade e qualidade do atendimento. Também foi cobrada uma investigação rigorosa sobre os valores cobrados indevidamente dos segurados.