O SIMPE-RS e o SINDJUS/RS (Sindicato dos Servidores da Justiça do RS) encaminharam ofício, na quinta-feira (08), ao diretor do Foro Central, juiz Márcio André Keppler Fraga; à 1ª vice-presidente do TJRS, desembargadora Liselena Schifino Robles Ribeiro; e à corregedora-geral do TJRS, desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak. O objetivo foi pedir medidas de prevenção à disseminação da covid-19 também no âmbito do Tribunal de Justiça, já que o surto da doença na Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri também atingiu trabalhadores das Varas do Júri.
O coordenador-geral do SINDJUS/RS, Fabiano Zalazar conta que a situação é preocupante no TJ: “Já tivemos muitos óbitos de servidores, magistrados e estagiários nos nossos quadros, afora os terceirizados sobre os quais não temos dados estatísticos corretos, pois são as empresas terceirizadas que detêm esses números”. Para Zalazar, a reabertura das cedes foi precipitada: “Cedemos às pressões da OAB, infelizmente, para uma reabertura precipitada no nosso entendimento. O ideal era a manutenção do trabalho remoto até termos o aumento da cobertura vacinal”.
No ofício, as entidades pedem que o Tribunal realize a sanitização dos locais de trabalho e reduza o percentual de trabalhadores em expediente presencial, com a adoção de escala de revezamento. Também foi feita a solicitação de testagem de todos os servidores das Varas do Júri e de outros locais onde haja necessidade para evitar novos surtos.
O presidente do SIMPE-RS, Jodar Pedroso Prates, disse que espera que o TJ adote de forma urgente medidas que reforcem o controle da pandemia no âmbito do Poder Judiciário Estadual: "Nossa solidariedade aos colegas do Judiciário que já tiveram muitas perdas. Esta situação só reforça a necessidade do aumento da fiscalização do uso correto de máscaras, distanciamento e manutenção do trabalho remoto em larga escala", afirmou.