Após quase 11 meses do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país enfrenta, neste início de ano, o pior pico da pandemia. Somente no dia 7 de janeiro, foram confirmados mais de 87 mil novos casos da doença. Até segunda-feira (11), foram registrados quase meio milhão (455.639) de novas infecções, que no total já somam 8.131.612, de acordo com o levantamento da universidade Johns Hopkins. Já o número de óbitos passa de 203 mil e a tendência é de alta.
De acordo com o consórcio de veículos de mídia que está acompanhando a evolução da pandemia nacionalmente, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.004, com uma variação de +59% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de crescimento nos óbitos pela doença. A média móvel de novos casos também apresenta uma preocupante alta após os festejos de final de ano e ficou em 54.182 novos diagnósticos por dia na última semana, recorde desde o início da pandemia. Isso representa uma variação de +42% em relação aos casos registrados há duas semanas, o que indica tendência de crescimento também nos diagnósticos.
No Rio Grande do Sul a situação não é diferente. No total, o estado já registrou mais de 9,6 mil óbitos e confirmou 485.757 casos da doença, que já se espalhou pelos 497 municípios gaúchos. Somente nas últimas 24 horas, de acordo com dados da própria Secretaria Estadual de Saúde, foram 121 vidas perdidas para o novo coronavírus e 3,9 mil novos casos registrados. Nesta semana, 19 das 21 regiões do Modelo de Distanciamento Controlado estão em bandeira vermelha, mesmo assim o governo estadual passou a permitir nesta semana o aumento no contingente de pessoal nos serviços públicos não-essenciais, que passa de no máximo 25% para 50%.
A alta no número de casos não se dá de forma aleatória, mas ocorre justamente após o início da temporada de férias e festas de final de ano. Aglomerações em praias e festas passaram a dividir espaço nos noticiários com as mortes e a tragédia da pandemia. Mas os números alertam para a necessidade, mais do que nunca, de manutenção dos cuidados de prevenção à covid-19. Usar máscara, higienizar as mãos e manter todo distanciamento social possível são as únicas formas de impedir o avanço da pandemia até que a vacina chegue à população.